Conhecer a Holanda em menos de 48 horas, parece missão impossível, não é?
Mas nós fizemo-lo, embora não tenha dado tempo para ver tudo a 100 % mas aconteceu.
Tudo começou por uma brincadeira do género "vamos passar um fim de semana fora".
Holanda era uma das nossas primeiras opções, pois queríamos evitar Espanha e França, e inicialmente ficamos assustados com os preços para viajar directamente para Amesterdão.
Entretanto, conseguimos arranjar uma maneira de ir à Holanda, sem gastar os balúrdios que pediam para ir directamente para Amesterdão. Então fomos para Eindhoven, por uma pechincha.
Tudo bem planeado, com rotas bem definidas, e tudo reservado pelas aplicações da RyanAir e do Booking (O que parece um bocado assustador para quem está só habituado a viajar por agências).
Chegamos ao aeroporto de Eindhoven, apanhamos um AutoCarro para a estação central (pagamos 3,75€ por pessoa), e lá fomos nós.
Dia 1:
Caiu-nos logo o queixo quando chegámos à estação, pois nunca tínhamos visto tantas bicicletas na vida, todas estacionadas, lindo mesmo.
Seguidamente fomos fazer Check-In no Hostel (que ficava a 1km da estação e do centro, o que dá +/- 10 mins a pé).
Ficamos alojados no Hostel "Rooms Online" (que antes se chamava Pension Eindhoven), não era um hotel 5 estrelas, mas também não ficamos mal instalados, tínhamos pequeno almoço incluído com produtos típicos holandeses e variedade, kitchenette e bom wi-fi.
Tínhamos planeado visitar em Eindhoven, os seguintes sítios: Philips Stadium (7,50€ p/pessoa, só museu), Philips Museum (9€p/pessoa), Rua Comercial (muito semelhante à nossa conhecida rua de St. Catarina no Porto) e a Igreja Sint-CatharinaKerk.
Visitamos tudo o que queríamos, também não havia tempo para mais e os museus fechavam às 17h.
Recomendamos o Estádio do PSV, aos amantes de futebol e sem dúvida que a Sint-CatharinaKerk é uma obra de arte de outro mundo.
A rua principal tinha uma vasta gama de oferta comercial, havia lojas de tudo, (pena que nesta cidade não existam "gift shops").
Claro que não podíamos sair daqui sem provar as típicas batatas fritas de rua ("De Frietsteeg"-2,50€).
Faltava a foto nos "Flying Pins" e lá fomos nós tirá-la, para não deixar nada por fazer.
Assim acabou o nosso primeiro dia, sentados no quarto a comer um wrap de frango Holandês (sim, os Holandeses conseguem meter os peitos de frango a saber a churrasco).
Dia 2
Ok, acham que íamos fazer um fim de semana só para visitar isto??????!!!??????
É óbvio que tínhamos que ir a Amsterdão!!
Como????? A pé não era de certeza..... Nada como uma boa viagem de comboio (ida e volta por 39€, em 2ªclasse).
Os comboios eram bons, a viagem demorava cerca de 2h com uma escala para trocar de comboio, na cidade de Breda, que demora cerca de 20 minutos.
Os pontos que queríamos visitar eram: Sex Museum (4€ p/pessoa), Casa de Anne Frank (9,50€p/pessoa), Vondelpark, Museu Van Gogh (17€p/pessoa), Rijksmuseum (17,50€ p/pessoa) e Madame Tussauds (21€ p/pessoa).
Foi incrível passear sobre os canais de Amsterdão, pois felizmente tomamos a decisão de visitar a cidade a pé, pois de metro não usufruíamos tanto da cidade.
Para nós aqui em Portugal, onde a droga e a prostituição não são legais, entramos num mundo completamente à parte, em que isto são duas coisas normalissimas, ínclusive nas gift shops.
Saímos da estação e fomos diretos ao centro, onde logo ao ínicio da rua surge o Sex Museum. É mais uma coisa para uma pessoa se divertir, do que propriamente para quem procura erotismo. Por isso achamos o preço do bilhete adequado.
Visitamos os restantes sítios da rota e adoramos!!
Não podia faltar a típica foto em frente ao Rijksmuseum, onde tem uma gigante frase a dizer: "I AMSTERDAM".
O Vondelpark é dos parques mais verdes e bonitos que já visitamos.
As pessoas têm uma mentalidade totalmente diferente dos outros países que já conhecemos. Nunca vimos tanta organização, limpeza e respeito.
Como capital que é, não falta oferta comercial, em nenhum sentido, desde moda a restauração.
Já que não gostamos naaaaaaaaaaaada de gordices, e já que estavamos no país original das waffles ("wafle"), fomos obrigados a provar uma, era de nutella (4,50€) e foi a melhor que já provamos.
Amesterdão é um museu para quem gosta de arquitetura, devido à beleza das casas e dos espaços.
Mais uma cidade em que é uma loucura de bicicletas.
Como é óbvio tínhamos que visitar a Red Light Deluxe (Rua Vermelha), vimos as típicas montras, (onde é expressamente proíbido tirar fotografias, e quem o fizer corre o risco de ver a câmara fotográfica ou o telemóvel serem atirados ao canal como consequência).
Quem for com intenções de consumir na Rua Vermelha têm que desembolsar entre 100 e 150 €, no mínimo.
Adquirimos uns rebuçados e chupa-chupas de cannabis, mas a vasta gama de produtos vai muito além disso, tem bolinhos, brownies, chá, chocolates, etc.
Tudo visitado, tudo comprado e lá regressamos a Eindhoven, super cansados e com 25km nas pernas.
Dia 3
O dia mais triste da viagem, o regresso a casa, ao fim de 48h já nos sentíamos em casa.
Foi tempo de ir dar as últimas voltas, fazer as malas, ir buscar uns snacks para comer no aeroporto.
Lá apanhamos nós o autocarro nr. 400/401, e ao fim de 20 minutos já estávamos no aeroporto, bons autocarros com carregadores USB.
O aeroporto de Eindhoven (na parte das partidas), tem muita falta de variedade para quem procura uma refeição em condições, e o espaço em si é muito pequeno.
A nossa experiência/conclusões:
* Compensa apanhar o comboio de Eindhoven para Amesterdão, fica muiiiiito mais barato
* Em Eindhoven dão pouco valor aos turistas, pois é raro ter indicações em outras línguas que não o Holandês, mas em contrapartida todas as pessoas sabem falar Inglês.
* Amesterdão é uma cidade cara em relação a Portugal e até mesmo a Eindhoven.
* As pessoas no geral são simpáticas e prestáveis.
* Sentimos as cidades seguras, não tivemos nem presenciamos nenhuma situação anormal.
* Aconselhamos a visitarem as cidades a pé, torna a viagem muito mais bonita e interessante.
* O país está todo ligado por ciclovias, sendo uma loucura o número de bicicletas nas ruas, e pelo que percebemos, têm prioridade sobre os carros e restantes veículos.
* Os supermercados têm preços equiparados a Portugal.
* O leite tem um gosto amanteigado, o chocolate para o leite é em raspas, nas torradas usam crocantes de fruta/ raspas de chocolate por cima, o fiambre lá é mortadela.
* Comer em sítios de FastFood como McDonald's, Burger King, KFC, fica ao mesmo preço de Portugal basicamente, aumentando uns ligeiros cêntimos.
* Procurem sempre visitar os sítios pela manhã/ início da tarde, pois a maioria dos museus em Eindhoven fecha as 17h, e em Amesterdão Às 23h.
* Ao domingo, muitas lojas não abrem, e as que abrem, só o fazem entre as 12 e as 18, a maioria delas.
* Evitem fotografias na Rua Vermelha, pode ter graves consequências.
* Existem 1001 maneiras de ingestão de Cannabis
* O Cannabis é legal, e pode ser comprado sob várias formas.
* Pessoas que não estejam habituadas a fumar cannabis ou não estejam preparadas, não ingiram brownies de cannabis todas de uma vez, uma trinca é o suficiente para deixar uma pessoa na loucura.
* Há muitos portugueses nas ruas, turistas e emigrantes, inclusive fomos interpelados por um emigrante numa gift shop, que trabalhava lá (há 5 anos).
* Em Amesterdão, fazer necessidades fisiológicas em estabelecimentos, quer consumam ou não, pagam entre 0,50€ e 2€.
* Provem as batatas fritas, as waffles, os cachorros de rua, e os croquetes, é típico lá.
* Se quiserem entrar na onda, aluguem uma bicicleta e desfrutem (Preços começam nos 6€).
* Procurem visitar este país que parece saído de um conto de fadas, na Primavera, pois as plantas florescem e torna a paisagem mais encantadora ainda.
* Por nós não tínhamos voltado 😥😥😥😥😥😥